Liberalismo, Democracia e Nacionalismo
Liberalismo, Democracia e Nacionalismo
- Liberalismo surgiu após a Revolução Francesa para designar um conjunto de doutrina e idéias políticas e econômicas que defendiam os conceitos de Liberdade e autonomia individual.
- John Locke (1632 – 1704) e os iluministas acreditavam que a liberdade consiste em um direito natural, inerente a todos os seres humanos desde o nascimento.
- O Estado segundo a visão dos iluministas deveria defender e proteger essa liberdade, assim como todos os direitos inatos ao ser humano.
- São princípios básicos do liberalismo o direito a propriedade, o de consciência e o de livre manifestação de pensamento.
- Embora o liberalismo seja confundido com a noção de Democracia, em seu início não era uma teoria de caráter democrático.
- Democracia é uma forma de organização política da sociedade baseada no princípio da participação da maioria e da igualdade, manifestado principalmente através do sistema de sufrágio universal.
- liberalismo é uma teoria da liberdade política e econômica, pregando em suas origens a plena liberdade de mercado.
- Os liberais do século XVIII e do começo do século XIX divergiam sobre a questão do sufrágio (voto) com os que lutavam pela democracia.
- Para os liberais o estado deveria intervir o mínimo possível na economia.
- O Liberalismo econômico começou a ser proposto em meados do século XVIII pelos fisiocratas franceses com o lema ”laissez faire, laisser passer”(deixe fazer, deixe passar), sugerindo que quem regulasse a economia fosse o mercado e não o Estado.
- O Nacionalismo floresceu no século XIX tendo em sua estrutura um forte sentimento de identidade cultural e étnica entre os membros de uma mesma nação.
- O Nacionalismo defendia a ideia de que cada nação deveria ser um Estado independente, livre de qualquer domínio estrangeiro. O conceito de nacionalidade estava associado à identidade de língua, religião, origem étnica, cultura, passado comum ou mesmo aspirações comuns em relação ao futuro.
- O Nacionalismo determina a devoção do indivíduo ao Estado nacional. Influenciou as unificações da Itália e da Alemanha e as luta de independência das colônias. No século XX, inspirou os regimes nazi-fascistas, que deflagraram a II Guerra Mundial.
- As críticas ao Liberalismo
O Estado liberal e burguês do período de 1815 a 1848 se caracteriza pelo estimulo que oferece ao desenvolvimento do sistema capitalista liberal. Assegurará à classe capitalista condições de acumulação e à classe operária não permitirá materializar saídas para a sua situação de penúria: baixos salários, jornada de trabalho excessiva, péssimas condições de moradia, utilização abusiva do trabalho infantil e superexploração da mão-de-obra feminina. Essa conjuntura leva alguns setores a se posicionarem criticamente em relação a esse modelo de sociedade. Tendências socialistas, anarquistas, sindicalistas e, inclusive a própria Igreja se manifestarão.
- Socialismo Utópico
Fundamenta sua crítica propondo modelos sociais que minimizem a miséria, a injustiça social e a opressão, apelando para a compreensão e o humanitarismo da classe dominante. Exorciza os métodos revolucionários, propugnando a transformação pacífica e progressiva, tomando como exemplo algumas experiências reformistas que conviveram, momentaneamente com o sistema capitalista.
- Socialismo Científico
Karl Marx Friedrich Engels expõem os princípios do materialismo histórico e seu entendimento sobre a evolução da sociedade capitalista em sua obra o Manifesto Comunista. Em o Capital, Marx desvenda os mecanismos de exploração do capital sobre o trabalho:
Capitalistas = proprietários do meio de produção; mais-valia = trabalho não pago – que por sua vez, propicia o progresso das forças produtivas (industrialização e produtividade) e a acumulação do capital;
Efeitos: o desemprego – a formação do exército industrial de reserva” -, o achatamento dos salários, em suma, a condição de miséria do proletariado.
Luta de classe: a história da humanidade, para Marx, se confunde com a história da luta de classes; contrapondo de um lado, a burguesia, detentora do capital, e, do outro, uma classe desprovida de propriedade, possuindo ao seu dispor apenas sua força de trabalho, ou seja, os proletários.
Para a superação desse antagonismo, Marx propõe a tomada revolucionária do poder pela classe operária e a imediata instauração da “ditadura do proletariado”, através da qual se promoveria a socialização dos meios de produção, a instauração de um sistema planificado do governo e a distribuição eqüitativa dos bens. Esse sistema econômico e essa sociedade assim configurados são vistos como uma etapa de transição para se chegar à completa eliminação dos conflitos de classe; a sociedade comunista.
Exercícios
1) (UF – MG) A partir da década de 80 do século XIX, a Europa se vê diante de grandes transformações. Daí surge uma divisão internacional do trabalho, em virtude da qual se dá a manipulação dos países coloniais e semicoloniais, colocando-os a serviço dos interesses das nações capitalistas dominantes. Da análise do período referido no texto acima pode-se concluir que a transição do século XIX para o século XX é marcada, exceto:
a) pelo desenvolvimento desigual do sistema capitalista.
b) pelo avanço da hegemonia industrial e comercial inglesa.
c) pela expansão do imperialismo europeu sobre a África e a Ásia.
d) pelo avanço do capitalismo monopolista.
2) (FCC – BA) A obra Riqueza das Nações (1776), de Adam Smith, fundamental na evolução do pensamento econômico, defendia, entre outras, a ideia de que:
a) o trabalho é a fonte da riqueza, baseando-se o valor na lei da oferta e da procura.
b) a grandeza de um Estado exige a planificação e o dirigismo econômico.
c) a riqueza deve basear-se, fundamentalmente, na exploração dos recursos da natureza.
d) a mais – valia , resultado da exploração do trabalhador, deve ser reprimida.
3) (SANTA CASA – SP) O desenvolvimento das ideias socialistas na época contemporânea esta relacionado com a:
a) vitória que as classes operárias obtiveram durante vários movimentos revolucionários, sobretudo os de 1830 e 1848.
b) disseminação dos argumentos apresentados por Thomas Morus contra a injustiça social e a propriedade.
c) formação de grandes concentrações operárias urbanas, em condições precárias, como consequência da Revolução Industrial.
d) pregação feita por Robert de Lammenais em nome da solidariedade e da justiça social para os trabbalhadores.